Atualmente, três polos da Rota do Cacau funcionam em duas regiões do país.
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Região da Transamazônica e Xingu se destaca na produção de Cacau. |
Fruta de grande relevância
econômica e cultural, o cacau tem destaque neste dia 26 de março, o Dia
Nacional do Cacau. Além do seu papel significativo na agricultura, ele também é
fonte de flavonoides e de substâncias antioxidantes que contribuem para a saúde
do coração. Consumido na América desde as civilizações maia, inca e
asteca, é famoso por seu principal subproduto: o chocolate.
Com tamanho potencial, o
fruto, originário da Região Amazônica, não poderia ficar de fora do radar do
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que, por meio da
Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial
(SDR), atua no fomento da cadeia produtiva do cacau inserindo-o no Programa
Rotas de Integração Nacional.
“O objetivo do Rotas é promover o desenvolvimento sustentável e a inclusão produtiva nas regiões. O cacau, devido ao papel que exerce na economia e na agricultura, não podia ficar de fora desse programa. Atualmente, três polos dessa Rota estão funcionando a todo vapor: um no Pará, um em Rondônia e outro na Bahia”, comenta o secretário da SDR, Daniel Fortunato.
Chamado de “Polo
Transamazônica”, localizado no Pará, esse núcleo abrange os municípios
de Altamira, Novo Repartimento, Pacajá, Anapu, Vitória do Xingu, Senador
José Porfírio, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas e Rurópolis.
Aproximadamente, 10 mil propriedades com cacau (IBGE, 2023).
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Produção de Cacau na região da Transamazônica e Xingu. |
Polos do Cacau
No Pará, as ações da Rota do
Cacau estão em consonância com o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável
(PDRS) do Xingu, plano de compensação socioeconômica e ambiental associado à
construção da Usina de Belo Monte.
O Polo Transamazônica,
fundado por meio de Oficina de planejamento realizada em Altamira em
maio de 2018, conta com a participação de várias cooperativas produtoras de
cacau da região e também a produtora de derivados de cacau Cacauway em seu
comitê gestor, além de representantes da indústria moageira, da Embrapa, da
Universidade Federal do Pará (UFPA), dos municípios e do Estado.
O Polo Cacau Amazônia,
por sua vez, encontra-se em Rondônia, e abrange os seguintes municípios:
Ariquemes, Cacoal, Jaru, Ji-Paraná, Machadinho D'Oeste, Ouro Preto do Oeste,
Porto Velho, Presidente Médici, Rio Crespo, Alvorada D'Oeste, Buritis
Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Candeias do Jamari, Cujubim, Governador
Jorge Teixeira, Itapuã do Oeste, Mirante da Serra, Nova União, Teixeirópolis,
Theobroma, Urupá, Vale do Anari e Vale do Paraíso.
A área de abrangência do Polo
conta com aproximadamente 2.300 propriedades de cacau, responsáveis pela
produção de 5 mil toneladas de amêndoas em 2023. Criado oficialmente em agosto
do mesmo ano, o Polo da Rota do Cacau recebeu apoio do Plano Estratégico de
Desenvolvimento da Rota do Cacau no estado. O projeto também viabilizou a
realização do 1º Festival do Cacau e Chocolate de Rondônia. Atualmente, o
estado é o terceiro maior produtor nacional, com 10 mil hectares de área
plantada.
Por fim, o Polo Litoral Sul
da Bahia abrange 27 municípios, incluindo Ilhéus, Itabuna, Itacaré e
Canavieiras. Esse núcleo conta com 16.589 propriedades cacaueiras e cerca de 17
mil produtores. Fundado em junho de 2018, por meio de uma oficina na sede da
CEPLAC, em Itabuna, seu Comitê Gestor teve inicialmente forte participação da
entidade, mas pouca adesão dos produtores. Para reestruturar o Polo, uma nova
Oficina de Planejamento foi realizada em julho de 2021, resultando na recriação
do Comitê e na atualização da carteira de projetos.
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